A advogada eleitoral, especialista em direito público, Mirela Amaral, esposa do vereador Ruber Neto, protocolou, nesta segunda (15), na Câmara Municipal de Garanhuns, dois pedidos de cassação de mandato, sendo um contra o prefeito Sivaldo Albino (PSB) e o outro contra o vereador Alcindo Correia (PSB).
O Portal VEC manteve contato com a advogada, que confirmou a informação. Um vídeo foi postado na página dela no Instagram, narrando a situação.
Segundo Mirela, no caso do prefeito Sivaldo Albino, o pedido se baseia em quebra de decoro.
“Sivaldo Albino é acusado de agredir e ameaçar o vereador Ruber Neto e assessores durante o Festival de Inverno de Garanhuns. As imagens mostram o gestor ordenando seguranças a tomar o celular de um advogado e partindo para cima da equipe do vereador”, diz Mirela.
A advogada sustenta, ainda, em sua representação, que a conduta do prefeito fere o decoro do cargo e atenta contra a independência do Legislativo.
Já com relação ao vereador Alcindo Correia, Mirela diz que ele responde a pedido de cassação por ter sido condenado criminalmente por um colegiado no Juizado Especial Criminal de Garanhuns, em primeira e segunda instância. O processo envolve ameaças feitas contra Ruber Neto, quando ele ainda não era vereador, em um episódio no qual Alcindo, segundo Mirela, teria confessado a conduta. Para a advogada, o histórico de condenações configura quebra de decoro parlamentar, tornando incompatível a permanência do vereador no cargo.
“O contraste com a situação de Ruber Neto é inevitável. Enquanto o processo de cassação contra ele foi aberto na última semana, mesmo sem fundamentação jurídica robusta, os pedidos contra o prefeito e o vereador da base governista se amparam em condenações, provas materiais e ampla repercussão pública”, pontua a advogada em nota enviada ao portal.
Recebida pela Câmara, a denúncia, segundo a legislação, precisa ser lida e votada, de acordo com a legislação, na primeira reunião ordinária após o protocolo, que está marcada para a próxima quarta-feira, dia 17.
Caso sejam aceitas, as ações podem abrir comissões processantes que podem culminar na perda de mandato, tal como foi instaurada a comissão processante para apurar se o vereador Ruber Neto quebrou o decoro parlamentar.