sábado, 9 de julho de 2022

Grupo de teatro composto por Drag Queens de São Paulo reclama de ter sido excluído no FIG 2022 após ter sido anunciado na programação oficial



Um grupo de teatro de São Paulo composto por Drag Queens vem usando as redes sociais e marcando veículos de imprensa para reclamar, segundo eles, de um caso de censura protagonizado pelo Governo de Pernambuco, através da Fundarpe, qué quem organiza o Festival de Inverno de Garanhuns. 


Segundo os artistas, a peça Cabaret Dágua Nosso Corpo é Político foi aprovada e divulgada na programação oficial em coletiva de imprensa, que ocorreu no dia 30 de junho, aqui em Garanhuns.  


Ainda segundo o grupo, houve ampla publicação da peça  na programação oficial em todos os veículos de comunicação, mas, através de uma ligação,  a Secretaria de Cultura e Fundarpe apresentaram uma justificativa de que o grupo artístico não deveria ter entrado na programação. 


Em uma carta de repúdio, os artistas questionam o fato da obra ter sido classificada em segundo lugar na Categoria de Teatro ao Ar Livre e, após documentação em vias de contratação e a logística montada, ser cancelada. 

"O nosso espetáculo faria um cortejo de Drag Queens na cidade de Garanhuns culminando no espaço de Teatro Alternativo do Sesc. Os artistas do espetáculo afirmam sofrer mais um processo de censura envolvendo o Governo de Pernambuco e o FIG. Perucas compradas, ensaios acontecendo, figurino, prejuízo grande. Hoje (08/07) a funcionária da SecultPE, Irene Veiga, nos ligou retirando da programação. Não é novidade que em anos de eleições estaduais, para não se desgastar com o público mais extremista, o FIG age cancelando irresponsavelmente os grupos artísticos.


 O que não é coincidência é sempre CENSURAR corpos LGBTQIA+, como foi o caso da atriz travesti Renata Carvalho em 2018. Fica aqui, pois, o nosso repúdio pela censura sofrida e esperamos que sejam respeitados os direitos culturais dos artistas da comunidade LGBTQIA+ no território do Estado de Pernambuco", desabafou o grupo intitulado Coletivo ACUENDA.

O Portal V&C fez um contato via e-mail com a Secult, buscando um melhor esclarecimento acerca deste episódio, mas, até o fechamento desta publicação não havíamos obtido resposta. 



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