terça-feira, 18 de outubro de 2022

Policia Civil prende grupo acusado de por explosivos em filhos de gerentes de banco para realizar roubos; gerente do BNB em Garanhuns teria sido uma das vítimas

 


A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) deu detalhes, nesta segunda-feira (17), da prisão de uma quadrilha acusada de efetuar crimes contra instituições financeiras, que teve uma de suas  vítimas, um gerente do BNB em Garanhuns. A informação é da Folha de Pernambuco. De acordo com a Folha, os suspeitos agiam com violência, realizando furtos e roubos a banco, além de extorsão mediante sequestro, que foi o que aconteceu em Garanhuns em data não informada pela Polícia

Apesar de não ter repassado detalhes do crime em Garanhuns a polícia falou sobre o modus operandi dos sequestros. 

Segundo o que apurou as investigações, era comum o grupo sequestrar gerentes de banco e seus familiares. Eles mantinham a família em cativeiro por uma noite e amarravam explosivos nos filhos ou parentes dos gerentes, como forma de pressioná-los para que sacassem uma quantia pré-determinada nas instituições financeiras. 

O profissional era liberado para ir ao trabalho no dia seguinte, e a família permanecia em cativeiro. Após o gerente bancário conseguir o dinheiro, os criminosos indicavam um caminho que a vítima precisaria seguir para, então, pagar o resgate e liberar a família. Ao menos sete crimes de extorsão mediante sequestro são atribuídos ao grupo.


“Eles faziam vigilância no gerente da instituição financeira ou no tesoureiro e, em seguida, monitoravam o seu dia a dia e o dia a dia também de seus familiares. E aí e no dia que se decidia por em prática o crime, fazia-se o arrebatamento da vítima e de seus familiares. Quando da chegada da vítima em sua residência, era utilizado um bloqueador de sinal de controle remoto para que a vítima não conseguisse fechar o portão de sua residência. Em seguida, se adentrava a residência da vítima e seus familiares e se determinava que se juntasse uma certa quantidade de roupas para que se pudesse virar na noite”, explicou o delegado Álvaro Grako, responsável pela Operação Sutor.

Após a coleta das roupas, as vítimas eram levadas para o carro e depois eram transferidas para outro automóvel, que ia em direção ao local do cativeiro. “As vítimas eram conduzidas até um local onde era feita a troca de veículo e aí, a partir da troca do veículo, eles seguiam com as vítimas até o cativeiro. No cativeiro, passavam a noite e [os criminosos] se utilizavam de artefatos explosivos, bananas de dinamite, em que eles envolviam os filhos das vítimas ou a esposa da vítima, para poder forçar a pagar o resgate”, detalhou Grako. 


“Em seguida, ao amanhecer do dia, determinavam que a vítima voltasse e pegasse o seu veículo e faziam com que ela voltasse normalmente até o seu local de trabalho e lá fizesse o saque de uma quantia pré-determinada por eles para que em seguida na saída da instituição financeira fosse feito o pagamento do resgate”, continuou. 

De acordo com a PCPE, foram cumpridos, na última sexta-feira (14), 12 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão domiciliar, além de bloqueio de ativos financeiros e arresto [apreensão] de bens móveis. Um suspeito encontra-se foragido.


Com informações da Folha de Pernambuco

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