A cratera que se abriu logo após o dia 21 de abril de 2021 no trecho localizado na Avenida Paulo Guerra se transformou no maior gargalo da administração do prefeito Sivaldo Albino. A situação em que se transformou o local em pouco mais de um ano rendeu um desgaste acentuado à imagem política do prefeito. As críticas à forma como a gestão tratou o problema, incluindo o atraso no início dos trabalhos, são constantes e, mesmo com a obra já tendo sido iniciada, a sensação que se tem é que os responsáveis pela solução definitiva ainda batem cabeça dando a impressão que nem mesmo eles tem o controle da situação.
Nada ilustrou mais a falta de rumo da obra da Avenida Senador Paulo Guerra do que o dia em que foram colocados seis pastores de diversas denominações evangélicas para orar pelo local. A cena icônica não pegou bem. Qualquer observador mais atento sabe que apesar de oração ser importante na vida de qualquer ser humano, um serviço com o nível de complexidade daquele buraco se resolve com planejamento, previsibilidade, logística, uma boa empresa no comando das obras e principalmente muito cimento, ferro e concreto. Cimento, Ferro e Concreto estes que estão difíceis de se fixarem às encostas e solo encharcadas e instáveis da grande cratera por conta das chuvas que caem sobre Garanhuns e vão cair até setembro. E foi justamente estas chuvas que fizeram o prefeito decretar situação de emergência no município, em especialmente no trecho que ilustra esta publicação.
No documento, a prefeitura diz que foi levado em consideração para a decretação do estado de emergência o alto risco de desabamento de casas e deslizamentos, somado ao sinistro de rompimento de tubulações, inclusive de abastecimento de água, acarretando a tomada de medidas céleres e mitigadoras dos riscos na Av. Senador Paulo Guerra, Rua da Esperança, Rua Antônio Penante e Estrada do Flamengo. Entre as determinações do prefeito estão:
A mobilização de todos os Órgãos Municipais para atuarem sob a coordenação da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil -
A realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada, sob a organização da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil.
Dispensa de licitação os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de resposta ao desastre
Concessão de benefício eventual denominado auxílio-moradia emergencial.
A íntegra do decreto encontra-se no Diário Oficial dos municípios do dia 30 de maio
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