Johnny Hooker falou, em entrevista no "OtaLab" desta semana, sobre a polêmica em que se envolveu durante o Festival de Garanhuns (PE), em 2018. Na ocasião, o cantor reagiu a insultos feitos contra uma atriz travesti que se apresentava e disse que "Jesus também era travesti". ( entenda o caso no final desta publicação) A declaração rendeu uma grande discussão na época e, segundo Johnny, foi uma espécie de grito de "basta" ao preconceito
Aqueles religiosos atacando aquela atriz travesti me trouxe uma raiva tão grande e alguma coisa na minha cabeça falou assim: 'Não, não mais. Se eles falam o que querem, eles vão ouvir o que não querem. Eles vão ter que ouvir. Agora eu vou falar, porque isso não é uma via de uma mão'. E a religião não está na Constituição. As pessoas têm direito à dignidade, à vida. Aí saiu aquilo ali, porque foi o grito que estava preso na garganta
O cantor definiu o desabafo no palco como "um grande arroubo". Naquele momento eu cansei. A gente, que é LGBT, ouve desde pequenininho que é o demônio, o lixo, que não presta, é nojento, enfim... Johnny na ocasião teve apoio de grande parte da plateia. "Muita gente fica perdida no meio da polêmica e acaba não vendo os detalhes daquele momento. Aquele festival é realizado em uma cidade que é muito conservadora, mas é frequentado por uma juventude que é muito progressista, acredita no futuro e nas pautas da liberdade e do respeito. No fim da entrevista, Hooker disse que nunca se arrependeu, em nenhuma vírgula, do episódio.
ENTENDA O CASO
No dia 27 de julho de 2018, durante apresentação no FIG, o cantor pernambucano Johnny Hooker inflamou o público ao parar sua performance para fazer um discurso contra a censura à Peça o Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu que havia sido apresentada na cidade.
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