sexta-feira, 27 de julho de 2018

Emicida, Nação Zumbi , Attooxxá e Still Living agitaram antepenúltima noite do 28º Festival de Inverno de Garanhuns


POR PEDRO ROCHA, PARA O V&C 
FOTOS: SECOM PMG

Um dos festivais mais polêmicos da história começa a se despedir de Garanhuns. A discussão ideológica sobre liberdade de expressão, fé, estado laico, intolerância e preconceito aos homossexuais permearam esses já oito dias de evento. Felizmente, a proposta principal, que fez o FIG ser o que é hoje, foi preservada. A cultura, a arte, a criatividade, a diversidade de ritmos cores e sons vicejaram entre as Sete Colinas tornando Garanhuns um centro irradiador de alegria e êxtase no interior de Pernambuco.

A quinta-feira, 26 de julho, marcou o oitavo dia do FIG. À noite, na Praça Mestre Dominguinhos, coube a banda garanhuense Stiil Living abrir a festa.   Os artistas apresentaram um incrível show de rock atual e progressivo, inciado às 20 horas, com um público já considerável apesar do horário inconveniente ( cedo demais).  Eles trouxeram hits da banda, que já conta com 14 anos de carreira, além de presentearem a plateia com uma ótima performance de "Is This Love", de WhiteSnake. A Still Living apresentou também músicas de seu mais novo álbum "Ymmij", lançado em 2017 e disponível no Spotify.


Em seguida, a banda ÀTTØØXXÁ se apresentou no Palco Mestre Dominguinhos. Os baianos, numa mistura de pagodão baiano e música eletrônica, botou o público para dançar ao som de suas músicas vibrantes e cheias de coreografias. Destaque para o hit "Popa da Bunda", que gravaram com o grupo Psirico. 

Dizer que Emicida, a terceira atração do Palco mestre Dominguinhos, contagiou a platéia é um eufemismo para, sim ficamos alucinados. O paulista fez um show vibrante do início ao fim. Antes mesmo de iniciar qualquer música, entrou no palco com uma máscara do ex-presidente Lula no rosto, e fez um pequeno discurso. Trazendo hits de sua extensa carreira, o rapper fez tremer a praça, e se disse encantado com o FIG, visto que é sua primeira vez no evento No meio do show Emicida fez uma revelação. Ele contou que venceu um concurso de histórias em quadrinhos no qual o prêmio era uma viagem de avião, coisa que Emicida nunca havia feito. O artista declarou que o destino dessa primeira viagem foi Pernambuco deixando claro o amor que sente pelo estado.  Músicas como "Passarinhos", "Hoje Cedo", "Madagascar", "Pantera Negra" e "Baiana"fizeram parte da apresentação. 

Se a noite já vinha embalada por uma onda de energia e muita empolgação, Nação Zumbi fechou a sétima jornada de shows no Palco Mestre Dominguinhos com chave de ouro. O Manguebeat, marca registrada do grupo, percorreu a Praça lotada e fez tremer o chão, literalmente.  Nação Zumbi entoou grandes sucessos de sua carreira, como "Um Sonho", "Manguetown", "Maracatu Atômico" e regravações que fizeram para o último disco "Radiola ZN Vl.1", como "Refazenda", de Gilberto Gil, e "Amor", de Secos e Molhados. Voltaram para o bis e, como é de costume, encerraram com "A Praieira", grande hit do Movimento Manguebeat.


Como aconteceu com outros artistas nesse festival, o guitarrista de Nação também deixou um recado favorável ao ex-presidente Lula. Ele solou o coro tema das campanhas de Lula e parte do público respondeu com um "Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula".  O FIG contou com mais um conjunto de verdadeiros espetáculos, numa noite que, possivelmente, tenha sido a de maior público nessa 28ª edição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens ofensivas não serão publicadas.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...