Um grupo de Garanhuns está organizando um protesto para o próximo dia 18, segunda-feira, as nove da manhã, em frente ao Palácio Celso Galvão, sede do Governo Municipal. De acordo com informações colhidas junto aos organizadores, o objetivo é se posicionar contra o fechamento do comércio em Garanhuns e pedir a sua abertura de forma responsável. O slogan do cartaz produzido pelo grupo é - GARANHUNS NÃO PODE PARAR. No mesmo cartaz de convocação para o ato, está sendo também pedido o uso da hidroxicloroquina e azitromicina como protocolo de tratamento no combate a covid-19.
O Portal V&C conversou na tarde desta sexta com o comerciante Thiago Paes, um dos apoiadores do protesto. Ele revelou que a movimentação pedindo a abertura do comércio não tem um só organizador, mas sim nasceu da vontade de funcionários e pequenos comerciantes da cidade em não aceitar o novo decreto da Prefeitura Municipal de Garanhuns, que vai entrar em vigor próximo dia 18 de maio, segunda, determinando uma espécie de lockdown em alguns pontos da cidade, entre estes, a Avenida Santo Antônio.
"A vontade do povo é não aceitar esse decreto novo do prefeito, que atenta contra a própria Constituição. Então estamos nos organizando para realizar a manifestação e vamos tentar fazer de uma forma que possamos manter a distância entre os participantes e orientar para que todos usem máscara. Com isso, pretendemos mostrar que não vamos aceitar o prefeito simplesmente decidir e o povo ter que aceitar. Quem quiser ficar em casa, fica em casa, quem quiser trabalhar vai trabalhar. Acreditamos que o protesto terá bastante adesão e a previsão é que mais de cem pessoas participem.
Nós somos a favor de que o comércio volte a funcionar de maneira responsável e tem como. Eu como comerciante sei que temos como abrir o comercio seguindo as normas sanitárias, com controle de entrada das pessoas e com faixas de distância. Mas existe uma guerra política. Não é só a doença. A doença existe, mas a gente sabe que não é só a doença. A gente sabe que essa doença caiu como uma luva nas mãos de governadores e prefeitos para arrecadar dinheiro federal e é provável que haja maracutaia com esse vultuoso dinheiro público. A gente vai tentar lutar por isso, por essa abertura responsável do comércio de Garanhuns, e vamos até o fim", frisou Thiago Paes.
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| Comerciante Thiago Paes em foto com o presidente Bolsonaro |
No mesmo protesto, como falado no início da matéria, o grupo vai defender também o uso da hidroxicloroquina como protocolo de tratamento para pacientes com a covid-19. Tanto o uso da cloroquina quanto a abertura do comércio são bandeiras defendidas por Bolsonaro desde o início da pandemia, o que tem causado constantes troca de farpas entre o presidente, governadores e parte da comunidade médica.
