Receber um diagnóstico de câncer é sempre traumático e desafiador para qualquer pessoa, e não foi diferente com a professora Eladja Lima, de 29 anos, residente no bairro da Boa Vista, em Garanhuns, Pernambuco.
Eladja recebeu a notícia em setembro de 2023, quando começou a sentir fortes dores no quadril e abdômen. Ao realizar exames, descobriu não um, mas dois tumores malignos no ovário.
O mundo de Eladja caiu. O medo da morte tomou conta do seu emocional por alguns momentos, mas foi na fé em Deus que a professora buscou forças para encarar a maior batalha de sua vida.
"Minha vida mudou totalmente. Parei tudo para me tratar e, mesmo os médicos dizendo que minhas chances de cura eram pequenas, mesmo meus cabelos, sobrancelhas e cílios tendo caído todos com o tratamento, mesmo tendo perdido muito peso, o que mexeu com meu emocional e minha autoestima, não me entreguei", disse Eladja.
A mulher contou que, de imediato, os médicos que acompanharam o caso marcaram uma cirurgia para a retirada completa do útero e dos ovários, chamada na medicina de histerectomia. Em seguida, Eladja realizou sessões de quimioterapia.
"Deus agiu. A cirurgia, que era para durar nove horas, durou menos de seis, e, em seguida, quebrando a previsão de passar o pós-operatório na UTI, já fui direto para um leito normal no Hospital Perpétuo Socorro, em Garanhuns, onde o procedimento cirúrgico foi realizado", contou a professora.
Pouco menos de dois anos após o terrível diagnóstico, Eladja comemora a vitória pela vida e celebra a possibilidade de voltar às suas atividades normais. Retornou ao trabalho de monitora educacional de crianças PDCs na Escola José Brasileiro Vila Nova, onde foi carinhosamente acolhida.
"As crianças são como um medicamento da alma para mim. É inexplicável", pontua.
Livre do câncer e no processo de remissão, onde a doença não é mais detectada pelos exames, Eladja dá um conselho: "A quem passar por isso, não desistam. Lutem. Deus sabe de todas as coisas e tem um propósito na vida de cada um de nós. Não é uma doença fácil, mas tem tratamento e, em grande parte dos casos, tem cura. Eu sou a prova disso. Sou um milagre de Deus", disse a professora.
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