segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

A cada nove horas uma mulher é vítima de violência doméstica em Garanhuns

 

Quem acompanha a pesada cena policial de Garanhuns sabe que atualmente 80% das ocorrências registradas nas delegacias do município são de casos de violência contra a mulher. E isso não é de hoje. Há anos o portal alerta para o que sempre costumamos chamar, (guardada as devidas proporções e peculiaridades), de uma verdadeira epidemia.  Evidentemente nessa epidemia da violência, da falta de respeito e de amor ao próximo,  a contaminação não ocorre através de um vírus biológico, mas de um vírus social chamado impunidade. 

É a sensação de impunidade o que mais tem tem direcionado as mãos, os socos, os tapas e os pontapés dos homens contra os rostos e corpos  daquelas a quem um dia juraram amor eterno, seja mães, filhas, irmãs, amigas ou esposas. E lógico que existem outros fatores, mas a impunidade é locomotiva  geradora da violência de forma geral e isso inclui as mulheres.

A afirmação acima não é especulação; é  estatística, triste estatística.  De acordo com dados da SDS, ( Secretaria de Defesa Social de Pernambuco), de janeiro a novembro de 2021, 876 mulheres foram vítimas de algum tipo de violência doméstica em Garanhuns. Isso dá uma média de uma mulher agredida a cada nove horas no município, isto sem contar os casos que não são levados para a delegacia por medo ou represália do agressor.  

Não podemos negar que com o advento da Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, foram criados alguns mecanismos para coibir a violência contra a mulher, mas é pouco, muito pouco para um crime que causa tanto sofrimento físico e psicológico a sua vítima. Chega de impunidade, chega de medidas protetivas sem eficácia, chega de estabelecer fiança para quem bate em mulher. 


 

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