domingo, 8 de fevereiro de 2015

Garanhuns será base de pesquisa para cultivo de uvas de alta qualidade destinadas à produção de vinhos finos


Ascom/Ufersa

Experimento para produção de uvas europeias de alta qualidade será realizado pela Ufersa 
A cidade de Garanhuns no Agreste pernambucano  será uma base de pesquisa para cultivo de uvas de alta qualidade para produção de vinhos finos. A informação foi anunciada por grupo de pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), que trabalham em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) destinada ao estudo do cultivo de uvas europeias para produção de vinhos finos em três estados da Região Nordeste.

Na Bahia, a fruta está sendo estudada na cidade de Morro do Chapéu e no Rio Grande do Norte, o território escolhido foi a cidade de Martins. A escolha dos municípios se deu pelo fato dos três terem em comum a localização em regiões de microclima do Semiárido. Na cidade de Garanhuns, a temperatura média é de 22º, oscilando a bem abaixo disso no inverno, o que naturalmente já destoa da temperatura rotineira do Semiárido.

“Esse é justamente o desafio da Embrapa, estudar a viabilidade de cultivar essas uvas em regiões fora do seu espaço natural e ver a viabilidade de produzir vinhos aqui na nossa região”, diz o professor da Ufersa, Eudes de Almeida Cardoso.

A Ufersa recebeu as sementes de dez diferentes tipos de uvas comuns na Europa que estão sendo cultivadas em 1.500 metros quadrados. O experimento está previsto para durar seis anos devido à longa temporada necessária para a frutificação da planta. Essa jornada está dividida em três importantes etapas. A primeira delas aconteceu em setembro de 2014 com a primeira poda denominada de “Formação”.

O segundo momento está previsto para março de 2015, quando o plantio receberá a segunda poda, destinada à “Frutificação”. Também da Ufersa, o pesquisador Django Jesus Dantas explica que a uva é uma fruta cujo processo entre o plantio e a retirada do fruto é lento. “A gente está trabalhando com a possibilidade de mantermos o ritmo de uma colheita por ano”, data ele.
Depois de colhidas, o material é encaminhado para o quadro da Embrapa, que dará continuidade com a análise da qualidade, produtividade e a possibilidade das uvas serem usadas na região para a produção de vinhos artesanais.
Clima favorece produção e uvas especiais como a Malbec
“A pesquisa tem uma relevância científica e também social. Isso porque o estudo com essa finalidade é pioneiro, dadas as condições climáticas necessárias para a sobrevivência da uva e o clima da nossa região”, diz o professor Eudes.

O pesquisador Django de Jesus complementa que, se confirmada a possibilidade, o experimento irá ser um fomentador de turismo e economia para as três regiões.

“As regiões de climas amenos são atrativos turístico, sobretudo por degustadores de vinhos. A Embrapa trabalha para que eles comecem a produzir, na própria cidade, vinhos artesanais como mais um atrativo no turístico”.

Entre as categorias mais conhecidas de uvas, a pesquisa trabalha com a Cabernet Sauvignon, Merlot Noir, Petit Verdot e Malbec para a fabricação de vinhos branco e tinto. Além de responsável pelas sementes plantadas nos viveiros, a Embrapa também é a responsável pela articulação do projeto nos três Estados, por meio da pesquisadora Patrícia Coelho.

 Na Ufersa, os dois profissionais mencionados acima coordenam o estudo que conta ainda com a participação de 5 estudantes colaboradores no experimento com monografias, teses e dissertações em projetos financiados pela Capes e Iniciação Científica.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens ofensivas não serão publicadas.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...