quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Após bloqueio da BR-423, apoiadores de Bolsonaro farão manifestação pacífica neste dia 02 de novembro na frente do 71º BI Mtz, em Garanhuns

 


Após uma manifestação ocorrida ontem, 01/11, e que interditou dois pontos da BR-423, aqui em Garanhuns, uma  nova mobilização, pacífica e sem bloqueio da via, está prevista para acontecer na frente do 71º BI Mtz na tarde desta quarta, 02, por volta das 13 horas . Tem sido comuns entre os grupos de manifestantes bolsonaristas, desde a divulgação do resultado final das eleições, as mobilizações em frente a organizações militares do Exército. Nesta terça, em Recife, dezenas de manifestantes se posicionaram em frente ao Comando Militar do Nordeste, na BR 232, no  Curado. Eles ficaram na área da calçada. O grupo não interditou as vias. 

O portal manteve contato com a assessoria de imprensa do 71º BI Mtz, que confirmou estar sabendo da mobilização. Já nesta terça e manhã de quarta, alguns manifestantes estiveram na frente do 71º .


ATO SEMELHANTE EM 2018 EM GARANHUNS GEROU RECOMENDAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.

O portal não conseguiu apurar que pautas ou bandeiras serão levantadas durante  o protesto, mas recorda que, em junho de 2018, um ato semelhante, guardadas as devidas proporções, ocorreu na frente do 71º BI Mtz, onde os manifestantes pediram  saída do então presidente Temer e uma intervenção  federal no país. 

O clima era bem menos acirrado que hoje, mas, apesar de pacifica, aquela mobilização de 2018 resultou em uma dura recomendação do Ministério Público em Garanhuns através das 1ª e 2ª Promotoria de Justiça e Defesa

RELEMBRE

"Chegou ao conhecimento destas Promotorias de Justiça, através das redes sociais, que, na manhã do domingo, 27/05/2018, por ocasião da paralisação dos caminhoneiros, centenas de pessoas dirigiram-se à sede do 71º Batalhão de Infantaria do Exército, requerendo a “Intervenção Militar” no País para “acabar com a corrupção”, por “não acreditarem mais nos políticos”. 

 "Em que pese a indiscutível importância e respeitabilidade das Forças Armadas enquanto integrantes do regime democrático – o pedido de “Intervenção Militar” em substituição ao poder civil gera inegáveis sentimentos – não menos indignados – de perplexidade, temor e revolta em todos os que, por si próprios, parentes, amigos ou conhecidos, foram vítimas”, registrou o MPPE naquela ocasião.

O Ministério Público ainda lembrou na Recomendação que, apesar de garantida pela Constituição Cidadã, a liberdade de expressão não é absoluta  e encontra limites na própria Ordem Jurídica vigente, sobretudo no princípio da Dignidade do ser humano, o que já foi expressamente reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal. 

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