segunda-feira, 7 de junho de 2021

DE PEDRA A VIDRAÇA: Com feirantes furiosos na porta do Palácio Celso Galvão, Prefeito Sivaldo Albino enfrenta primeiro protesto contra seu governo

 


O prefeito Sivaldo Albino (PSB) vivenciou hoje, 07 de junho de 2021, o primeiro protesto popular contra seu governo.  Empossado no início de janeiro deste ano em meio à maior crise sanitária que o mundo já enfrentou, o prefeito, se estava no Palácio Celso Galvão, deve ter ouvido à voz rouca das ruas. E não foram palavras nadas gentis, em um claro indicativo que a lua de mel entre Albino e a população de Garanhuns, trégua comum entre sociedade e governo em início de mandato, chegou ao fim.

As mobilizações começaram pela manhã quando dezenas de motoristas de transporte alternativos fizeram uma carreata com suas vans pelas ruas da cidade exigindo que o prefeito revogue parte do último decreto municipal de contenção ao avanço do novo coronavírus que impede esses transportes intermunicipais de embarcar ou desembarcar passageiros na zona urbana da cidade. A medida está em vigor desde o dia 01 de junho e iria até ontem, mas um novo decreto prorrogou  a proibição até o dia 13.

A tarde foi a vez da categoria dos feirantes  ( marchantes e verdureiros) ir para a frente do Palácio Celso Galvão protestar contra a decisão de Sivaldo de centralizar todas as feiras livres do município em um único dia, no caso neste próximo sábado, 12 de junho.  

"Não vamos aceitar todas as feiras serem realizadas no sábado porque assim ficamos com a mercadoria toda perdida.  Nós queremos nosso direito de trabalhar. Não vamos matar nem roubar, queremos apenas trabalhar" disse um feirante durante o protesto. Já outra profissional deste segmento, bastante inflamada, pediu que o prefeito Sivaldo Albino saísse do palácio e fosse conversar com os manifestantes.

"Não tem condições da feira livre ser todas no sábado porque os marchantes não conseguiriam fazer o abate do gado todo na sexta feira. O matadouro público não teria condições de atender essa grande demanda. Não vamos trabalhar como escravos. Nós somos gente. Não somos cachorros", disse um marchante. 

Quem também deu o ar da graça no protesto dos feirantes foi o ex-prefeito Izaías Régis.  Com o microfone na mão Régis disse que também vendeu carne no açougue quando moleque e que por isso entendia a luta da categoria.  "Não quero fazer política com isso, mas acho que os feirantes têm o mesmo direito que os outros", frisou.



De acordo com a prefeitura de Garanhuns as feiras livres desta semana em Garanhuns estão suspensas ocorrendo todas em um único dia, sábado, 12 de junho. A medida foi incluída no bojo de restrições implantadas por Sivaldo, além daquelas constantes do Decreto Estadual nº 52, que determinou que só os serviços essenciais devem abrir, pelo menos até o dia 13 de junho nas regiões de Caruaru e Garanhuns. No caso das feiras livres, o decreto estadual diz que a prerrogativa para organizar o segmento é dos governos municipais.

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