quarta-feira, 26 de maio de 2021

DIRIGENTE AINDA CRITICOU DEMORA NA TESTAGEM DA POPULAÇÃO E NA ENTREGA DE RESULTADOS: "Fechar o comércio é a pior decisão a se tomar porque não somos nós os responsáveis pelo aumento dos casos de Covid-19", diz presidente do CDL Garanhuns sobre novo lockdown no município

 


Em contato agora de manha com o presidente do CDL Garanhuns,  Luiz Carlos Andrade, o Portal V&C ouviu do dirigente lojista a posição da entidade quanto às novas medidas de restrições mais rígidas implementada pelo Governo do Estado, de 26 de maio a 06 de junho, e que foram endurecidas em Garanhuns, através do decreto municipal de número 045/2021, que entra em vigor hoje. Entre as diferenças entre as determinações do estado e do município estão a proibição por parte deste último de vendas on-line, com delivey e retirada na loja, limitando-se essa prática apenas a venda de remédios, alimentos e insumos agrícolas.

De acordo com Luiz Carlos, o governo mais uma vez penaliza o comércio que, segundo ele, é o setor que menos contamina haja vista que os funcionários trabalham protegidos e as lojas seguem as normas de distanciamento social com o uso de máscaras e álcool em gel.  "No momento em que você proíbe as atividades produtivas, as pessoas estão liberadas para circular e não existe poder de fiscalização para toda a população", frisou Andrade

Ele ainda argumentou que o lockdown chega no pior momento financeiro do comércio porque esta é a época que as empresas estão recolhendo o ICMS, e diferença de ICMS. É também neste período que as lojas e outros tipos de estabelecimento comercial se preparam para fazer receita com vista a custear o próprio aluguel do ponto, isso para aquelas que não tem imóvel próprio. "Com as vendas online suspensas não vai ter nem receita pra custear a própria estrutura da empresa e isso é muito preocupante", disse o dirigente lojista ao V&C.

Luiz Carlos de Andrade ainda cobrou do poder público ações mais pontuais para combater a pandemia e o aumento de número de casos. Segundo ele, um dos gargalos é a falta de testes em massa e o atraso na Casa Covid, tanto na testagem quanto na divulgação do resultado, alguns chegando até 12, 15 dias para serem entregues.  "Teve funcionários que foi fazer o teste, mandaram voltar com três dias. Depois que conseguiu fazer, o resultado demorou mais de 10 dias para ser entregue.  Como a maioria dos casos são de sintomas leves e assintomáticos a pessoa  não tem a consciência plena de que está contaminada e como não há testagem em massa, esta pessoa acaba indo trabalhar contaminada sem saber. Isso tem sido decisivo para o aumento do número de casos", frisou Luiz Carlos.

Por fim, o presidente do CDL disse que existem várias medidas a serem tomadas no combate à doença que não seja fechar o comércio. "Essa é a decisão mais cruel que se pode tomar porque com isso você mata empresas e empregos. Queremos salvar vidas, mas é preciso salvar também empregos e empresas", concluiu



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