sábado, 6 de junho de 2020

Direção do Hospital Infantil Palmira Sales diz que tem leitos ociosos que podem ser usados para pacientes com covid-19 em Garanhuns


O Hospital Infantil Palmira Sales pode ser mais uma unidade de saúde em Garanhuns a ter sua estrutura aproveitada para receber pacientes com o novo coronavírus. Junto ao MPPE, no último dia 27 de maio a direção do hospital disse ao promotor Domingos Sávio Pereira Agra que dispunha de 22 leitos ociosos e que 15, se adaptados, poderiam servir para uso de pacientes com covid-19. Ainda segundo a irmã Cosma, a adequação levaria duas semanas, obviamente se aparecerem os recursos financeiros para a reforma.

Em nota divulgada na manhã deste sábado, 06 de junho,  a Prefeitura de Garanhuns informou que vem conversando com a direção do Palmira Sales e que as tratativas incluem a destinação de um valor de 2.781.000,00 (dois milhões, setecentos e oitenta e um mil reais) em recursos repassados pelo Governo Federal, que devem ser aplicados prioritariamente em fins como a aquisição de medicamentos, suprimentos, insumos e produtos hospitalares; aquisição de equipamentos; realização de pequenas reformas e adaptações físicas, para o aumento da oferta de leitos; entre outras medidas de combate ao coronavírus. 

Apesar de a direção do Palmira Sales ter afirmado que poderiam ser disponibilizados 15 leitos, a Prefeitura de Garanhuns espera contar com 20 leitos de retaguarda concentrados naquele complexo hospitalar.  


O que chama a atenção neste assunto é o valor a ser destinado para o hospital, quase três milhões de reais. Se esse recurso vier e for utilizado para melhorar a estrutura do Palmira Sales de uma forma geral, em todas as suas demandas, pode ser até pouco, mas se essa tratativa tem como finalidade usar o dinheiro apenas para implantar os 20 leitos de retaguarda para covid-19, cada leito sairia pela pequena fortuna de 185 mil reais, em um momento que o Governo do Estado diz que começa a haver uma estabilização de casos e quando o Hospital de Campanha Covid-19/UPA de Garanhuns está prestes a ser entregue com seus demorados 30 leitos.   

É bom frisar também que em recente levantamento feito na UPAE e Dom Moura foi constatado uma baixa ocupação de leitos de retaguarda, sobretudo na UPAE onde, em 27 de maio, dos 20 leitos destinados a pacientes com covid-19, apenas seis estavam ocupados. 

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