Em entrevista concedida à Rádio Vaticana, o bispo de Garanhuns, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, falou sobre a viagem do papa Francisco à Suécia ocorrida nos dias 31 de outubro e 01 de novembro. O pontífice foi ao país por ocasião do aniversário de 500 anos da Reforma de Lutero, momento histórico delicado que dividiu os cristãos. A viagem de Francisco foi criticada por alguns católicos e foi na defesa do papa que Dom Paulo Jackson sabiamente se expressou à Rádio Vaticana.
O bispo de Garanhuns observou que tanto para a “Federação Luterana Mundial” – da Igreja luterana, quanto para a Igreja Católica, a viagem de Francisco serviu para estabelecer a porta do diálogo a partir da categoria “memória”, não a partir da categoria “celebração”. "Para ambas as Igrejas, a Reforma Protestante não deve ser celebrada, mas deve ser “co-memorada”, comemorar significa fazer memória de algo", ressaltou o Bispo de Garanhuns à Rádio Vaticana
O religioso ainda afirmou que o périplo de Francisco à Suécia deve ser entendido não do ponto de vista da celebração da Reforma, mas sim de fazer cerimônia festiva, realizar uma festa para... "co-memorar é lembrar juntos, trazer à memória", refletiu recorrendo a etimologia.
Por fim Dom Paulo Jackson relembrou que todo esforço feito no sentido de que se amplie o diálogo entre protestantes e católicos é muito bem vindo e é um modo de a humanidade viver o ideal de Jesus – Que todos sejam um”.
A visita do Santo Padre à Suécia nesta ocasião foi um ulterior esforço da Igreja católica nesta direção. Uma iniciativa do Papa à qual Dom Paulo se referiu afirmando para a Rádio Vaticana que Francisco surpreende todos a cada dia
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http://br.radiovaticana.va/news/2016/11/03/bispo_sobre_papa_su%C3%A9cia_todo_esfor%C3%A7o_ecum%C3%AAnico_%C3%A9_bem-vindo/1269756
ENTENDA A VISITA DO PAPA À SUÉCIA
O papa Francisco e importantes representantes luteranos expressaram na última segunda-feira, na Suécia, seu profundo pesar pelos massacres e prejuízos ocasionados pelo cisma entre cristãos e apelaram ao diálogo com vistas à unidade. O pontífice foi à Suécia por ocasião do aniversário de 500 anos da Reforma de Lutero.
“É uma viagem importante” de um ponto de vista ecumênico, declarou o papa a jornalistas presentes no avião que o levou a Malmö, no extremo sul da Suécia.
Enquanto os teólogos luteranos e católicos continuam o seu lento diálogo doutrinário iniciado há 50 anos, a ambição do papa é se aproximar, através de ações concretas, os 1,2 bilhão de fiéis católicos de seus irmãos protestantes, neste caso os luteranos (74 milhões de fiéis).
Em 31 de outubro de 1517, o monge católico alemão Martinho Lutero atacou o comércio pelo papa de “indulgências” pelo perdão dos pecados e um acesso mais fácil para o paraíso, colocando suas “95 Teses” na porta de uma capela de Wittenberg (sul de Berlim). Ele foi excomungado e esta ruptura resultou em guerras religiosas sangrentas nas décadas seguintes.
“Devemos olhar nosso passado com amor e honestidade e reconhecer nossa culpa e pedir perdão”, declarou em uma homilia o papa, rodeado de pastores protestantes, durante uma oração ecumênica na catedral luterana de Lund (sul), que foi católica no passado.
A Igreja católica também homenageou a contribuição de Lutero: “com gratidão, reconhecemos que a Reforma contribuiu para dar um papel central à santa escritura na vida da Igreja”, declarou Francisco em sua homilia.
“Não podemos nos resignar à divisão e ao afastamento que a separação provocou entre nós. Temos a ocasião de reparar um momento crucial de nossa história, superando as polêmicas e mal entendidos que impediram o entendimento entre nós”, afirmou o pontífice.
ENTENDA A VISITA DO PAPA À SUÉCIA
O papa Francisco e importantes representantes luteranos expressaram na última segunda-feira, na Suécia, seu profundo pesar pelos massacres e prejuízos ocasionados pelo cisma entre cristãos e apelaram ao diálogo com vistas à unidade. O pontífice foi à Suécia por ocasião do aniversário de 500 anos da Reforma de Lutero.
“É uma viagem importante” de um ponto de vista ecumênico, declarou o papa a jornalistas presentes no avião que o levou a Malmö, no extremo sul da Suécia.
Enquanto os teólogos luteranos e católicos continuam o seu lento diálogo doutrinário iniciado há 50 anos, a ambição do papa é se aproximar, através de ações concretas, os 1,2 bilhão de fiéis católicos de seus irmãos protestantes, neste caso os luteranos (74 milhões de fiéis).
Em 31 de outubro de 1517, o monge católico alemão Martinho Lutero atacou o comércio pelo papa de “indulgências” pelo perdão dos pecados e um acesso mais fácil para o paraíso, colocando suas “95 Teses” na porta de uma capela de Wittenberg (sul de Berlim). Ele foi excomungado e esta ruptura resultou em guerras religiosas sangrentas nas décadas seguintes.
“Devemos olhar nosso passado com amor e honestidade e reconhecer nossa culpa e pedir perdão”, declarou em uma homilia o papa, rodeado de pastores protestantes, durante uma oração ecumênica na catedral luterana de Lund (sul), que foi católica no passado.
A Igreja católica também homenageou a contribuição de Lutero: “com gratidão, reconhecemos que a Reforma contribuiu para dar um papel central à santa escritura na vida da Igreja”, declarou Francisco em sua homilia.
“Não podemos nos resignar à divisão e ao afastamento que a separação provocou entre nós. Temos a ocasião de reparar um momento crucial de nossa história, superando as polêmicas e mal entendidos que impediram o entendimento entre nós”, afirmou o pontífice.