Com o 71º BI Mtz como um dos protagonistas, Exército realiza no Sertão de Pernambuco 1º Exercício tático com tiro real da Região Nordeste

 

Pela primeira vez na história, o Exército Brasileiro realizou um Exercício Tático com Tiro Real (ETTR) no bioma da caatinga, ambiente exclusivo do sertão nordestino. O treinamento, ocorrido em Lagoa Grande, Sertão de Pernambuco. entre os dias 25 e 29 de julho, na Fazenda Tanque de Ferro, campo de instrução pertencente ao 72º Batalhão de Infantaria Morotizado, foi um marco na capacitação de militares para operações em cenários desafiadores e inóspitos como a caatinga. Com a participação de 200 militares de vários estados, o exercício teve como um dos protagonista o 71º BI Mtz, batalhão sediado em Garanhuns, que destacou pela excelência na execução.

Realizado na modalidade pelotão, o ETTR teve como objetivo principal simular um ataque coordenado a uma posição inimiga, integrando todas as Funções de Combate do Exército: Movimento e Manobra, Inteligência, Fogos, Comando e Controle, Proteção e Logística. 

Durante dois dias de intensa atividade com munição real, os militares empregaram armamentos variados, drones e equipamentos de alta tecnologia, demonstrando preparo e inovação na manobra. O treinamento exigiu dos integrantes do 71º, e das demais unidades, coragem, autoconfiança, vigor físico, capacidade cognitiva e liderança, especialmente nas pequenas frações operativas, em um ambiente conhecido por sua aridez e vegetação hostil.

"O balanço do exercício é extremamente positivo. Conseguimos aliar realismo e segurança, atingindo todas as metas estabelecidas. Estamos satisfeitos com o desempenho da nossa tropa", declarou o Tenente-Coronel Walker, comandante do 71º BI Mtz, em entrevista à TV Grande Rio, afiliada da Rede Globo em Petrolina, que exibiu uma matéria sobre a complexo treinamento.

O  ETTR, inédito aqui Nordeste, já que só havia sido realizado pelo Exército nas regiões Norte e Sudeste, reforça o compromisso do Exército em preparar suas tropas para diferentes cenários operacionais do país. A escolha da caatinga como palco do treinamento reflete a necessidade de adaptação a um ambiente de alta complexidade, onde o terreno e o clima impõem desafios únicos. A operação também impressionou pelo rigor na segurança, garantindo que o uso de munição real ocorresse sem incidente