sexta-feira, 3 de agosto de 2018

MARÍLIA RESISTE: Diretório estadual do PT confirma candidatura de Marília Arraes e contraria decisão da Executiva Nacional


A maioria do PT de Garanhuns seguiu as palavras do conterrâneo ex-presidente Lula quando o líder petista afirmou de Curitiba que se militasse em Pernambuco trabalharia pela confirmação da candidatura da vereadora Marília Arraes para concorrer ao governo do estado.

Diante de uma administração que consideram desgastada, a preferência de diferentes setores da sociedade pela neta de Miguel Arraes se espalhou por diferentes regiões a ponto de colocar-se em condições de igualdade na disputa pelo comando da máquina pública e ameaçar o acordo nacional entre petistas e socialistas desenhado em São Paulo, que prevê a saída de jogo da petista em troca da neutralidade do PSB na eleição presidencial.

"A maioria dos 312 delegados está com Marília, segundo o estatuto a decisão do colegiado é soberana. Entraremos com recurso para garantir a sua candidatura", defende Marcus Aurélio Rodrigues, membro da executiva do PT de Garanhuns.

O apoio das bases do PT em Pernambuco à candidatura própria foi confirmado em uma impressionante votação em favor de Marília. Na deliberação do diretório estadual, 230 delegados defenderam a participação da neta de Arraes na disputa, 20 foram contra e um se absteve. A decisão pode sofrer uma intervenção do PT federal, mas certamente haverá um alto custo político. 

Diante de uma administração que consideram desgastada, a preferência de diferentes setores da sociedade pela neta de Miguel Arraes se espalhou por diferentes regiões a ponto de colocar-se em condições de igualdade na disputa pelo comando da máquina pública e ameaçar o acordo nacional entre petistas e socialistas desenhado em São Paulo, que prevê a saída de jogo da petista em troca da neutralidade do PSB na eleição presidencial.

"A maioria dos 312 delegados está com Marília, segundo o estatuto a decisão do colegiado é soberana. Entraremos com recurso para garantir a sua candidatura", defende Marcus Aurélio Rodrigues, membro da executiva do PT de Garanhuns.

O apoio das bases do PT em Pernambuco à candidatura própria foi confirmado em uma impressionante votação em favor de Marília. Na deliberação do diretório estadual, 230 delegados defenderam a participação da neta de Arraes na disputa, 20 foram contra e um se absteve. A decisão pode sofrer uma intervenção do PT federal, mas certamente haverá um alto custo político. 

Do outro lado, direto do Palácio do Campo das Princesas, o governador Paulo Câmara (PSB) sonha com o acordo nacional que retiraria a candidatura própria do PT para perfilar-se junto à atual gestão e garantir a permanência dos socialistas no poder no estado há mais tempo liderado pelo partido no Brasil, desde 2007, data da primeira eleição do ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo quando disputava as eleições presidenciais de 2014.

A aposta de Câmara de afirmar que no estado só existem duas forças políticas antagônicas, uma alinhada ao presidente Michel Temer e outra opositora aos golpistas, encontra resistência junto ao eleitorado local, sobretudo relacionado ao campo progressista.

O recente histórico desautoriza o discurso do governador. À época da votação do impeachment de Dilma, Câmara exonerou quatro de seus secretários para que voltassem ao Congresso e votassem a favor do impedimento da presidenta eleita. Além disso, o PSB foi fundamental para o prosseguimento da denúncia com 29 de seus parlamentares apoiando a denúncia, contra somente três contrários entre os deputados.

Curiosamente, o inchaço do partido agregando inclusive nomes da direita ocorreu nos anos em que Eduardo Campos buscava fortalecer a sigla para cacifar-se na luta pela presidência. Em virtude da expansão, ingressaram nomes como Tereza Cristina (MT) e Heráclito Fortes (PI), sem qualquer afinidade ideológica com os preceitos da legenda.  A situação provocou a saída de referências históricas dos socialistas, incluindo Marília Arraes, que inconformada com a postura decidiu pela desfiliação ao PSB e filiação ao PT.

"Faz um ano que o diretório estadual definiu a candidatura própria e politicamente nada mudou. Nós temos um governo ruim, um governador desgastado, que cambaleia ideologicamente, refletindo na gestão. Podíamos concorrer para marcar posição, para garantir palanque a Lula, mas além disso construímos um projeto com apoio da população, assustando nossos adversários. Concordamos que o apoio formal do PSB era importante e Pernambuco representa o coração do partido, mas Paulo Câmara não tem força política para levar o partido como um todo para a coligação nacional, por isso discordamos dessa tática de retirar uma candidatura com chances de ganhar", garantiu Marília Arraes, em entrevista coletiva concedida em 1º de agosto.

Além da preferência regional, nomes importantes do PT demonstraram apoio à Marília. "Peço a Deus e às forças do além, que eu não esteja entendendo bem que foi feito um acordo PT-PSB, que descarta a candidatura da Marília Arraes ao Governo de Pernambuco, o grande quadro renovador da esquerda do nordeste! Aguardemos!", escreveu o ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Educação, Tarso Genro.



Com informações da Carta Capital


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