sexta-feira, 24 de abril de 2020

URGENTE - Moro pede demissão e deixa Governo Bolsonaro



Em entrevista coletiva agora a pouco o ministro da Justiça, Sergio Moro, pediu demissão e deixou o Governo do Presidente Bolsonaro.   A demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro. A Polícia Federal é vinculada à pasta da Justiça. 

 Na entrevista ele fez um balanço de sua gestão e reclamou da falta de apoio e de carta branca para realizar um melhor trabalho na pasta.   "Eu disse a Bolsonaro que não teria problema em trocar o diretor geral da Polícia Federal, desde que houvesse um motivo. Então com isso houve uma quebra de promessa por parte do presidente de que eu teria autonomia pra desenvolver um trabalho. Também foi falado em outras trocas em superintendências sem que fosse me apresentado uma causa plausível". Para mim essa precipitação na exoneração é um sinal que o presidente não me quer no cargo", disse Moro em parte do seu discurso, antes de anunciar oficialmente sua demissão. 

O ex-juiz ainda deixou escapar uma grave acusação de que o presidente  informou a ele que tinha preocupações com inquéritos no Supremo Tribunal e que queria efetuar a troca (do comando da Polícia Federal) por este motivo.

"O grande problema é por que trocar e permitir que seja feita interferência política no âmbito da PF. O presidente me disse que queria colocar uma pessoa dele, que ele pudesse colher informações, relatórios de inteligência. Realmente, não é papel da PF prestar esse tipo de informação", disse Moro.
MORO DISSE QUE NÃO ASSINOU EXONERAÇÃO DE VALEIXO
Não assinei exoneração' Moro afirmou ainda que ao contrário do que aparece no "Diário Oficial", ele não assinou a exoneração de Valeixo, nem o diretor-geral da PF pediu para sair. Na publicação, consta a assinatura do então ministro e a informação de que Valeixo saiu "a pedido

Perfil
Nascido em 1972 em Maringá, no norte do Paraná, Moro ganhou visibilidade como juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba – especializada em crimes financeiros e de lavagem de dinheiro.

Ele ficou conhecido nacionalmente por ser o juiz responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.

Antes da operação, Moro trabalhou no caso Banestado e atuou como auxiliar da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, em 2012, no caso do Mensalão do PT.

A Operação Lava Jato, que teve a 1ª fase deflagrada em 17 de março de 2014, começou com a investigação de lavagem de dinheiro em um posto de combustíveis e chegou a um esquema criminoso de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. Posteriormente, a ação alcançou outras estatais.

Em mais de quatro anos de Lava Jato, o magistrado sentenciou 46 processos, que condenaram 140 pessoas por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Entre os políticos condenados 13ª Vara Federal de Curitiba estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB).

Doleiros, ex-diretores da Petrobras e empresários ligados a grandes empreiteiras do país também já foram condenados por Moro.

Com informações do G1 e do Portal V&C

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