quinta-feira, 30 de maio de 2019

Alunos do Curso de Medicina da UPE em Garanhuns protestam contra Governo do Estado por descaso com a saúde pública no Agreste Meridional e com formação dos futuros médicos


Alunos do Curso de Medicina do campus da UPE em Garanhuns realizaram um protesto na noite desta quarta, 29 de maio, na frente da universidade, no bairro da Brasília para expor, segundo eles, o descaso do Governo do Estado para com a saúde pública do município em relação ao Curso de Medicina. 

O ato foi decidido em uma Assembleia Geral. Em nota os alunos alegaram que há anos o Hospital Regional Dom Moura não tem recebido investimentos suficientes para atender aos 21 municípios do Agreste Meridional pernambucano, nem tem sido gerido de forma eficaz. "Nós estudantes, futuros profissionais, do curso de Medicina da UPE, Campus Garanhuns, pedimos por melhorias dos serviços de saúde da região. Diante disso, em prol da busca de um atendimento de qualidade à população, da necessidade de suprir os anseios do corpo estudantil perante um sistema de ensino adequado e ético, através das práticas realizadas no ambiente hospitalar, a comunidade acadêmica encontra-se mobilizada para que esses déficits sejam sanados", diz parte da nota enviada à imprensa.

Os alunos ainda reiteraram que apoiam a causa da interiorização da atuação médica, mas cobram do poder público dignidade e responsabilidade na condução desse processo. Ainda segundo os estudantes do Curso de Medicina, no formato em que se encontra, permeado em notável descaso, não há a possibilidade de que os hospitais recebam os formandos no objetivo de formar médicos para a sociedade. O protesto iniciou-se às 18 horas na frente da UPE. Os alunos estavam com roupas brancas e empunhavam faixas e cartazes que continham críticas ao Governo do Estado. 

Eles também foram ao MPPE na manhã do dia 28, terça-feira. O encontro foi solicitado pelos estudantes para deliberar sobre a implantação do internato de cirurgia I na rede de saúde de Garanhuns, que inclui UPAE, Hospital Regional Dom Moura e Hospital Infantil. Durante a discussão, os alunos levantaram pautas em relação à falta de transparência dos gestores da UPE na condução dos trâmites dessa implementação, assim como se esses meios de práticas possuem as especificações necessárias para que a formação médica possa se dar de maneira plena e com qualidade. 


O Ministério Público, segundo os alunos, conta com um relatório de 2017 onde afirma-se que não há condições da realização do internato na cidade, porém, não foram apresentados pelos coordenadores e gestores de curso um novo relatório com a situação atualizada. 

Durante a reunião também foram abordados outros assuntos como déficit de professores, falta de aulas práticas e de coordenadores ativos. Alegou-se também que os estudantes têm sido os responsáveis por entrar em contato com os serviços de saúde e organizarem as suas práticas, função que deveria ser de responsabilidade da própria instituição de ensino.

NOTA DO Diretório Acadêmico da UPE Multicampi (Caruaru, Garanhuns, Serra, Salgueiro e Arcoverde)

"Nós, que fazemos a gestão #EuSouMulticampi, prestamos solidariedade aos alunos do Curso de Medicina da UPE-Campus Garanhuns, pelos últimos problemas que vem enfrentando na tentativa de conseguir melhorar o desempenho e formação dos alunos, e não só, a melhoria dos serviços oferecidos pelo Hospital Dom Moura para Garanhuns e cidades circunvizinhas. Repudiamos a falta de bom senso dos professores do curso, que na tentativa de implodir as ações de reivindicações também interferiram diretamente na autonomia dos estudantes e da entidade que os representa, @camup.upe Esperamos que tudo seja resolvido da melhor forma e reiteramos nosso compromisso com a Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade!" VAMOS A LUTA 💪#Arcoverde #Caruaru #Garanhuns #Salgueiro #SerraTalhada  #orgulhodeserupe

CONFIRA UM VÍDEO COM MOMENTOS DA MANIFESTAÇÃO

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