domingo, 5 de agosto de 2018

A VOZ DA CASERNA: General Mourão é anunciado como vice de Bolsonaro na disputa pela Presidência da República

General Mourão

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) anunciou na manhã deste domingo (5) o nome do general da reserva Hamilton Mourão (PRTB) como seu vice na chapa para concorrer à presidência da República.

Bolsonaro participou da convenção do PSL estadual no Clube Guapira, na Zona Norte de São Paulo. Disse que o nome do vice será anunciado oficialmente à tarde na convenção do PRTB juntamente com Levy Fidelix e do senhor general Hamilton Mourão.

No discurso, Bolsonaro agradeceu ainda a advogada Janaína Pachoal e o príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança, que tiveram nomes cotados para ser o vice na chapa. Janaína alegou questões familiares e recusou neste sábado (4) o convite para ser vice de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial.

Em nota, o PRTB disse que "o general Hamilton Mourão está confirmado como vice de Jair Bolsonaro na corrida à presidência da República".

Antonio Hamilton Martins Mourão é gaúcho de Porto Alegre, tem 64 anos. Entrou para o Exército em 1972 e ficou na ativa até fevereiro de 2018. Ele ganhou notoriedade em 2005, quando estava no Comando Militar do Sul. Ele tinha feito críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff e dito, durante uma palestra no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) em Porto Alegre, que é preciso um "despertar para a luta patriótica" como saída para crise política do país.

Após as críticas, Mourão foi exonerado do cargo e designado para assumir uma posição na Secretaria de Economia e Finanças do Exército.

Histórico
Antonio Mourão nasceu em Porto Alegre, tem 64 anos e entrou para o Exército em 1972, tendo ficado na ativa até fevereiro de 2018.

Nos últimos anos, com o agravamento da crise política, Mourão fez uma série de declarações controversas que levaram a transferências dentro de instituição.

Em outubro de 2015, perdeu o Comando Militar do Sul por ter feito críticas à classe política e ao governo e se tornou secretário de economia e finanças do Exército.

Em 15 de setembro de 2017, Mourão falou por três vezes na possibilidade de intervenção militar caso a crise política não fosse resolvida pelas próprias instituições.

A afirmação aconteceu durante palestra na Loja Maçônica Grande Oriente, em Brasília, após o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciar pela segunda vez o presidente Michel Temer por participação em organização criminosa e obstrução de justiça.

“Ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso”, disse Mourão em palestra gravada.

Ele completou que “os Poderes terão que buscar uma solução, se não conseguirem, chegará a hora em que teremos que impor uma solução’ e essa imposição não será fácil, ela trará problemas”.




(Com informações do Estadão Conteúdo  e G1)


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