quarta-feira, 30 de maio de 2018

Após nove dias acaba protesto dos caminhoneiros ao longo da BR-423, em Garanhuns


Uma reviravolta na concentração dos caminhoneiros  ao longo da BR-423, em Garanhuns, ocorreu de ontem para hoje, quarta-feira, 30 de maio. 

Na tarde de ontem, o movimento ainda estava forte e resistente mesmo após a PM, o Exército, e a PRF, terem garantido a saída pacífica de mais de 30 caminhões para seguirem viagem, segundo dados fornecidos pelo 71ºBI Mtz.  Apesar da baixa considerável, os líderes do acampamento tinham a ideia de continuar a paralisação reivindicando outras pautas pertinentes como a diminuição do preço do gás de cozinha e da gasolina. Mas nesta quarta, a grande maioria dos caminhões abandonaram os pontos de concentração e seguiram destino. Uma passeata que estava marcada para sair do Assaí não aconteceu. Com isso, como vem acontecendo em várias partes do país, os profissionais da estrada estão aos poucos voltando a sua rotina normal.  

Garanhuns teve um dos maiores protestos do estado, segundo a PRF.  Foram nove dias de luta e resistência de uma classe que sai muito fortalecida depois da greve, pois pela primeira vez o Brasil sentiu a força e a importância que os caminhões têm para a sociedade. Sem eles, não há gasolina, não há transporte urbano, coleta de lixo, abastecimento de água, e muitos outros serviços essenciais à população. 

Aos que criticam a corrida do brasileiro aos postos, é preciso compreender que não são poucos que dependem de seu veículo para tirar seu sustento e o da família. Pessoas como seu Adoniram dos Santos que dormiu na fila do posto Ipiranga da Boa Vista porque precisava do combustível para ganhar o pão da semana. Para ele, como para muitos, não havia outra opção. Era abastecer ou comprometer sua renda. Nem por isso, seu Adoniram deixou de apoiar a greve justa dos caminhoneiros. "Eu precisava muito viajar para comprar o material que uso pra trabalhar e fazer minhas entregas. Essa falta do combustível atrapalhou muito, principalmente quem é pequeno comerciante como eu. Eu sou a favor da greve, mas o povo precisa entender que a gente precisa trabalhar e sem combustível não tem como", frisou o marceneiro em conversa com o V&C enquanto esperava na fila para abastecer.

O BRASIL ANDA SOBRE RODAS.

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