sexta-feira, 16 de março de 2018

ATÉ O PREFEITO PARTICIPOU: Centenas de pessoas se mobilizaram em caminhada que pediu Justiça por morte da pequena Mariah em Garanhuns


Uma morte sob circunstâncias suspeitas.  A dor lancinante de amigos e familiares à espera de respostas. Lentidão no inquérito instaurado para apurar a verdade. Esses ingredientes, aliado a uma forte mobilização na imprensa e nas redes sociais, levaram centenas de pessoas, a realizarem na manhã desta sexta, 16 de março, uma caminhada que implorou por Justiça para o Caso Mariah.  

Isis Mariah Melo Salvador Meira teve a vida tragicamente interrompida no dia 25 de outubro de 2016, quando tinha apenas dois anos e quatro meses de idade.  Quando morreu, a criança estava aos cuidados de uma tia que era esposa do irmão de Dayane Salvador, mãe da menina. 

Na noite do dia 25, Mariah deu entrada já em óbito no Hospital Dom Moura. A tia alegou um acidente doméstico e disse que seu filho, de apenas um ano e nove meses, havia atirado um ferro de passar na cabeça da criança, o que causou convulsões e a morte. Mas, segundo a família, laudos do IML apontaram várias lesões na criança e ocorrência de abuso sexual dois dias antes do fatídico 25 de outubro de 2016. Desde então, a apuração do caso se arrasta. Quase um ano e meio depois, o inquérito ainda não foi sequer concluído tendo sido rejeitado duas vezes pelo Ministério Público, que solicitou mais informações e diligências.

Tamanha lentidão levou a mãe Dayane Salvador a quebrar o silêncio e gritar por justiça. Primeiro com um vídeo compartilhado diversas vezes no WhatsApp e demais redes sociais (CLIQUE AQUI E REVEJA). Já nesta sexta, o grito de Dayane não foi mais solitário. Ele ganhou força e amplitude, se somando a centenas de outras vozes que saíram pelas ruas de Garanhuns pedindo respostas das autoridades. 

A caminhada por Mariah saiu do Fórum Ministro Eraldo Gueiros em direção ao centro da cidade.  Antes, uma parada na frente da 2ª Delegacia onde o caso está sendo investigado.  Quando chegou na Avenida  Santo Antônio, mais precisamente na frente do Palácio Celso Galvão, o ato de protesto ganhou a adesão do prefeito de Izaías Régis, que usou o microfone para se solidarizar com a família de Mariah. "A violência só traz tristeza para as famílias. O Rio e o mundo se mobilizou em prol da morte da vereadora Marielle. E esse caso aqui de Garanhuns de uma criança de dois anos e quatro meses que não teve nem condições de saber o que estava sendo feito com ela? Justiça, Justiça e Justiça", gritou o prefeito. 
Izaias discursou e pediu justiça para o caso Mariah

Já Dayane Salvador ficou satisfeita com o resultado da caminhada. "Gostaria que as autoridades tornasse seus olhares solidários a este caso; que se sensibilizem com a dor de toda a nossa família, com a minha dor de mãe Ter uma filha arrancada de nós com apenas 2 anos, e ainda essa demora pra que o caso seja elucidado, não dá pra suportar. Suportar é doloroso de mais. É desgastante. Peço mais agilidade. Só queremos o que temos por direito. A JUSTIÇA" , frisou a mãe da pequena Mariah.

O ato de protesto ainda contou com a presença de cerca de 400 alunos de duas escolas. O Erem Garanhuns e a Escola José Ferreira Sobrinho, de São Pedro.   A Amstt fez a segurança da manifestação, que também teve o apoio organizacional da Secretaria Municipal da Mulher. 




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