quarta-feira, 12 de abril de 2017

CHUVA TEIMA EM NÃO CAIR: precipitação pluviométrica nos três primeiros meses do ano em Garanhuns é 89% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado

Barragem de Inhumas encontra-se com 6% de sua capacidade

O quadro de seca no Agreste, Sertão e Zona da Mata pernambucana tem se agravado com a falta de chuvas. O estado e a Região Nordeste enfrentam a pior seca dos últimos 50 anos e a situação é desoladora. Garanhuns, que sempre passou à margem dos períodos de estiagem por conta de sua posição geográfica privilegiada e abundância de água, também foi engolfada pela seca, o mesmo acontecendo com todas as cidades do Agreste Meridional.  A barragem de Inhumas entrou em colapso e Cajueiro perde volume a cada dia. A consequência imediata foi a adoção de um severo racionamento no abastecimento d'água, que iniciou-se em fevereiro. Mas o que está ruim, pode ficar muito pior se não chover forte na região nos próximos meses. O céu tem até ficado nublado desde o início de abril em Garanhuns, renovando as esperanças da população, mas a chuva teima em não cair na intensidade e constância necessárias para mudar o quadro atual e, se a situação é crítica na zona urbana, ela adquire ares dramáticos na zona rural do município com açudes secos e animais morrendo por falta de alimento.

Uma comparação da precipitação pluviométrica entre os três primeiros meses deste ano com o mesmo período do ano passado, dão uma ideia do quanto o quadro é preocupante. De janeiro a abril de 2016, choveu em Garanhuns 199 milímetros. Já no mesmo período de 2017, foram registrados apenas 22 milímetros, 89% de chuva a menos do que o ano passado. Os dados são da APAC ( Agência Pernambucana de Águas e Clima).

Sinônimo de clima frio e ameno, e conhecida como a Suíça Pernambucana, Garanhuns nunca precisou tanto ser  simplesmente Garanhuns como agora. Torçamos para  que a chuva caia.

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