segunda-feira, 27 de março de 2017

Ciro Gomes diz que, se Moro tentar prendê-lo, receberá 'turma' do juiz 'na bala'.


BRASÍLIA — O ex-ministro da Integração Nacional no governo Lula, Ciro Gomes (PDT) — que também é pré-candidato a presidente para as eleições de 2018 — gravou um vídeo, na última terça-feira, no qual desafia o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, a prendê-lo. Gomes afirma que, se isso vier a acontecer, ele receberá a "turma" de Moro "na bala".

As declarações foram dadas em uma entrevista ao jornal GGN no dia em que a Polícia Federal cumpriu, em São Paulo, mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva contra o blogueiro Eduardo Guimarães, que edita o site Blog da Cidadania.

"Hoje esse Moro resolveu prender um blogueiro. Ele que mande me prender. Eu vou receber a turma dele na bala", diz o pedetista no vídeo que circula na internet e em grupos de WhatsApp. Na entrevista, Ciro faz ainda uma ressalva: "Se eu não tiver cometido nada errado".

Em outro trecho da entrevista, Ciro critica o coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol, pela entrevista coletiva na qual apresentou os fundamentos da denúncia contra o ex-presidente Lula.

"Você pegar um garoto como esse Dallagnol... chamar a imprensa, em tempo real, eu assisti àquilo, o Power Point com aquele negócio todo. O que é isso? E se no futuro, o cidadão por ele acusado dessa forma midiática, exibicionista, espetaculosa, for absolvido? Sabe o que vai acontecer? O estado brasileiro vai ter que indenizar esse cidadão com uma fortuna, e não acontece nada com ele (Dallagnol)", diz.

O ex-ministro faz críticas constantes à atuação de Moro. No ano passado, Ciro chegou a sugerir que, caso o ex-presidente Lula fosse preso no âmbito da Operação Lava-Jato, ele poderia "sequestrar" o petista e levá-lo a uma embaixada com pedido de asilo para que ele possa se defender “de forma plena e isenta”.

— Pensei: se a gente formar um grupo de juristas, a gente pode pegar o Lula e entregar numa embaixada. À luz de uma prisão arbitrária, um ato de solidariedade particular pode ir até esse limite. Proteger uma pessoa de uma ilegalidade é um direito — disse Ciro ao GLOBO na ocasião.

Pré-candidato à Presidência, Ciro aparecia com 0,4% das intenções de voto, em oitavo lugar, enquanto liderava com 16,6% na pesquisa espontânea realizada pelo instituto MDA de fevereiro, feita sob encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A margem de erro da pesquisa era de 2,2 pontos percentuais, e o nível de confiança, de 95%.

O GLOBO

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