quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Acusados de matar promotor de Itaíba serão julgados em outubro, no Recife


O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) marcou para o dia 24 de outubro o júri popular de quatro réus do caso relativo ao assassinato do promotor de Justiça de Itaíba Thiago Faria Soares. O crime ocorreu em 2013, em Águas Belas, no Agreste de Pernambuco.O julgamento será no Recife.
Serão julgados José Maria Pedro Rosendo Barbosa, José Maria Domingos Cavalcante, Adeildo Ferreira dos Santos e José Marisvaldo Vitor da Silva. Eles são acusados de de assassinar Thiago Faria Soares e de tentar matar a noiva dele, Mysheva Freire Ferrão Martins, e o tio dela, Adautivo Elias Martins.

A decisão de levar os quatro a júri popular foi tomada pela 36ª vara da Justiça Federal de Pernambuco, em abril de 2015, após audiência de instrução, na qual foram ouvidos quatro dos cinco réus.O quinto acusado, Antônio Cavalcante Filho, está foragido e, por isso, o processo dele foi desmembrado para não prejudicar o andamento do caso. Durante a audiência, que durou quatro dias, foram ouvidas 34 testemunhas e duas vítimas do crime, Mysheva e Adautivo.
Entenda o caso

O crime ocorreu em 14 de outubro de 2013. O promotor Thiago Faria Soares foi morto quando seguia de Águas Belas para Itaíbax, cidade onde trabalhava. Mysheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor na época, e Adautivo Martins, tio dela, também estavam no mesmo veículo, mas não foram atingidos pelos disparos.

A motivação, segundo a PF, envolveu uma disputa pelas terras da Fazenda Nova. O fazendeiro José Maria Barbosa perdeu a posse para a noiva do promotor, em um leilão da Justiça Federal, e teve que deixar o imóvel. Em entrevista exclusiva à TV Globo, na época do crime, o fazendeiro negou ter cometido o homicídio. A Polícia Civil, que iniciou as investigações, apontou que Barbosa teria contratado o cunhado, Edmacy Ubirajara, para matar Thiago Faria. Ubirajara chegou a ser preso, mas foi liberado.

A investigação do homicídio foi transferida para a Polícia Federal em 13 de agosto de 2014, a pedido do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a investigação da morte do promotor Thiago Faria Soares saiu das mãos da Polícia Civil e passou a ser de responsabilidade da PF, sendo o inquérito distribuído à 36ª Vara Federal de Pernambuco. A denúncia contra os cinco suspeitos foi oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), em janeiro de 2015.

Do G1

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