quarta-feira, 27 de maio de 2015

DNIT diz a prefeito de Garanhuns que duplicação da BR-423 não sai do papel em 2015

Os ajustes no orçamento do Governo Federal não devem permitir o início da duplicação da BR-423 este ano


Na campanha eleitoral de 2014, para se eleger, Dilma Roussef vendeu um país imaginário. Nele, tudo tudo ia bem. Não existia crise, a inflação estava sob controle, e o salário dos brasileiros não terminava antes do final do mês. Dias após sua eleição, a presidente anunciou um pacote de maldades, e apresentou-nos o Brasil real.  Engendrou um ajuste fiscal sem precedentes que cortou quase setenta bilhões de reais do orçamento. Isso quer dizer que este ano haverá bem menos recursos para construir hospitais, contratar médicos, construir escolas, remunerar melhor os professores, investir em segurança e construir estradas. Exatamente, estradas. O saco de maldades do Governo Federal atingiu em cheio um dos maiores sonhos dos moradores do Agreste Meridional, acalentado por promessas há 4 anos. "A duplicação da BR-423, no trecho que liga Garanhuns a São Caetano". 

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Garanhuns, o prefeito Izaías Régis (PTB), que está em Brasília, se reuniu com o Diretor Executivo, Gustavo Adolfo Andrade e com o Coordenador Geral de Planejamento e Programação de Investimentos, André de Oliveira, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para saber sobre o andamento da duplicação da BR-423, trecho São Caetano a Garanhuns, mas ouviu dos interlocutores do Governo Federal que a obra não deverá sair do papel este ano devido ao momento de crise econômica pelo qual passa o país.

Ainda segundo o departamento, não há condições de iniciar as obras em 2015, por causa do corte do orçamento publicado, na última sexta-feira (22), pela Presidente da República Dilma Roussef . A expectativa para este ano, segundo eles, é desenvolver o projeto técnico da BR-423 até outubro para só então ser aberto processo licitatório para a execução da obra. Nada mais decepcionante.


“Ficamos muito tristes em saber que a obra da BR-423, que é uma necessidade urgente da nossa região, não deverá sair do papel em 2015, pois nós tínhamos muitas esperanças. Durante toda a nossa gestão estamos lutando para que essa obra, tão esperada por todos, seja concretizada”, comentou Izaías.

Nos somamos ao sentimento do prefeito. Em um comício no Recife, em 2014, Dilma prometeu a duplicação. Já o havia feito em 2011 quando inaugurou o Curso de Medicina da UPE em Garanhuns. De lá pra cá, mesmo antes de se falar em ajuste, foram só promessas.

 O trecho que deveria ser duplicado vai de São Caetano a Garanhuns e tem 80 km.  Se sair do papel um dia, deve custar cerca de R$ 500 milhões. Encerramos com uma conta rápida.  Peguemos  os seis bilhões de reais desviados da Petrobras, e que foi parar no bolso das ratazanas da corrupção. Com esse montante duplicaríamos cinco vezes a BR-423. É um clássico exemplo de como a corrupção afeta e prejudica a vida dos brasileiros, mesmo que às vezes achemos que o problema não é nosso. Sobre isso é muito apropriada uma colocação do economista americano Robert Klitgaard. "Muita coisa se perde no caminho que leva o dinheiro do caixa de uma empresa pública ao bolso de um larápio. É o tipo de dano que requer muitos anos e muito investimento para ser recuperado. Para roubar milhares, arruínam-se milhões."  


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